Planalto recebeu garantia de aprovação de Mendonça ao indicá-lo ao STF
Advogado-geral tenta minar resistência no Congresso com visitas a senadores; tem causado boa impressão
"Vai ser no limite, mas vai passar." A frase de um ministro de Jair Bolsonaro resume a decisão do presidente em anunicar a indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar das resistências ao nome do pastor evangélico, o Planalto recebeu garantias de que há poucas chances de veto.
Por vias das dúvidas, Bolsonaro pediu para Mendonça bater perna no Senado e conversa com os parlamentares. Se não tem saído com o voto garantido, pelo menos tem causado boa impressão. "Não há dúvidas que ele tem mais bagagem jurídica do que o último indicado, o Nunes Marques", disse um senador ouvido pelo SBT News.
Nos encontros, Mendonça não pede votos diretamente. Faz uma análise sobre a Justiça brasileira, e ouve impressões dos senadores. Cuidadoso, cita o currículo e os cursos de direito. Na tarde desta 3ª feira (6.jul) Mendonça mais uma vez visitou gabinetes de senadores em meio à campanha informal pela vaga, e se encontrou com Wellington Fagundes (PL-MT) e Lasier Martins (Podemos-RS).
Questionado sobre a indicação, Mendonça tem sido taxativo: "Cabe ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido)".