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Filme "Planeta dos Macacos: O Reinado" estreia nesta semana no Brasil

Veja a entrevista exclusiva com o diretor Wes Ball e com os atores Owen Teague e Freya Allan

Filme "Planeta dos Macacos: O Reinado" estreia nesta semana no Brasil
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Chega aos cinemas mais uma aventura épica da franquia "Planeta dos Macacos". Este novo capítulo tem como título "O Reinado" e nos leva para o futuro, em um mundo dominado por primatas. A humanidade luta por sobrevivência ao mesmo tempo que é ameaça e tenta superar diferenças. Direto da pré-estreia mundial, em Los Angeles, o SBT News conta mais detalhes e mostra uma entrevista exclusiva com o diretor e com os atores principais.

Um livro que inspirou dez filmes e duas séries de televisão, além de jogos, quadrinhos e muito mais. O best-seller "Planeta dos Macacos", do escritor francês Pierre Boulle, foi lançado em 1963. Cinco anos depois saiu o primeiro filme que representa um marco na história do cinema, além de ter sido o início de uma das franquias mais longínquas da sétima arte. Efeitos visuais e abordagem de temas sociais sempre fizeram parte desse universo que nos faz pensar sobre liderança, sobrevivência e a complexa relação entre humanos e animais.

"O Reinado", ambientado vários anos após os eventos de "A Guerra", traz um mundo em reconstrução. Novos desafios surgem, incluindo a ameaça de uma comunidade humana hostil e a busca por um futuro sustentável para ambas as espécies. Agora conhecemos os personagens de Owen Teague e Freya Allan. Ele um chimpanzé sonhador, Noah, e ela uma humana misteriosa e manipuladora.

Teto desaba em sala de aula (3).jpg
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"Todos os atores que interpretaram macacos fizeram seis semanas de 'escola de macacos', com nosso coordenador de movimentos, Alain Gauthier. Ele nos guiou por esses exercícios e improvisações maravilhosas para construir os relacionamentos que estão na tela e também aprender a se mover como macacos. Eu também passei uma semana com chimpanzés em um santuário na Flórida para entrar na atmosfera. Eu não sei se você já passou um tempo com grandes primatas, mas isso muda um pouco a percepção sobre o seu lugar no mundo", conta Owen

O ator revelou ao SBT News o que aprendeu com os animais.

"Como eles se movem, a complexidade de suas vidas sociais, a maneira como eles olham para o mundo. Eu os vejo como pessoas, eles são tão inteligentes e tão sensíveis e você pode ter uma conversa com um macaco sem dizer uma palavra porque compartilhamos a linguagem corporal com eles. É algo notável sentar-se em frente a um chimpanzé e saber o que aquele animal está pensando e saber que ele sabe o que você está pensando e ser capaz de se comunicar", relata.

Já Freya nos revela um pouco da missão da sua personagem, Mae ou Nova, como é chamada no início do filme.

"Ela parte em uma missão com um grupo de pessoas, todos do seu acampamento morrem e ela consegue escapar. De repente está sozinha e tem que fazer tudo o que pode para sobreviver. Inicialmente decide fingir ser uma humana selvagem para se proteger pois não sabe o que pode acontecer com ela, sabe que é uma ameaça por ser inteligente. Ela meio que tem que descobrir se pode ou não confiar em Noah e é colocada em uma posição onde realmente não tem escolha. Mas depois que revela sua inteligência, está constantemente tentando descobrir como completar sua missão com a ajuda e o apoio de Noah. Ao longo dessa jornada fica surpresa com o quanto ela vê humanidade nele e essa é provavelmente a parte mais difícil de sua jornada. Ela vê mais de si mesma nele, mais do que ela jamais imaginou", fala a atriz.

Na direção está Wes Ball, cineasta que assinou a trilogia "Maze Runner" e que nos contou toda a relação que tem com esses filmes épicos e a responsabilidade de comandar uma produção cheia de fãs e repleta de tecnologia.

"Eu cresci com o filme original de 1968. Aquelas imagens em especial foram essenciais para mim e pensava, como nós podemos construir algo em direção àquele mundo, essencialmente? Temos por trás de nós o legado de César, essa trilogia que serviu como reinicialização e meio que conseguimos pegar carona neles, usar o impulso deles para avançar por um novo território e contar uma nova história. Mas sempre temos em vista a versão de 1968. Então tentamos muito nos encaixar nos dois mundos: ter um pé em ambos, ao mesmo tempo em que fizemos nossa própria trajetória: novos personagens, nova história, um novo tom, dar às pessoas algo novo nos cinemas", diz o cineasta.

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E, indo para o futuro, na tela e por trás dela.

"Espero que as pessoas não necessariamente vejam nenhuma tecnologia enquanto o filme está rolando. Elas apenas devem meio que se envolver na história. Mas sim, este é o mais alto nível de trabalho de computação gráfica que você pode fazer hoje, basicamente. Esses artistas são incrivelmente talentosos, são as mesmas pessoas que fizeram o último filme do "Planeta dos Macacos", "Avatar: O Caminho da Água". É o mesmo time, então estamos em boas mãos para criar essas imagens incríveis que são absolutamente realistas - absolutamente reais. Mas tudo isso é conduzido por atores reais, que precisam vestir essas roupas estranhas, e eles têm pontos no rosto e muita tecnologia ao redor deles para capturar cada pedacinho de sua performance, cada pequeno piscar de olhos, cada pequeno formato de olho, cada pequena ruga em seus lábios. Todos esses detalhes são capturados para que sejam aplicados a essas incríveis criações de computação gráfica. É realmente uma forma de arte incrível, meio que única dos filmes do "Planeta dos Macacos em particular".

O diretor também revela que neste novo capítulo, novamente, é impossível não aparecerem reflexões sobre os nossos animais e as gaiolas no nosso mundo atual.

"Eu acredito que há bastante coisa para as pessoas extraírem. Esses filmes sempre funcionaram nesse nível, refletem de volta nós mesmos, a humanidade e também o tempo em que vivemos. Nós nunca tentamos colocar isso diretamente na frente, está sempre meio que por trás das cenas. Temos nossas ideias lá, mas queremos que seja entretenimento primeiro e, então, o significado e todo esse contexto essencialmente estão lá para serem encontrados. Mas existem ideias sobre a verdade e a fragilidade da verdade. Conhecimento é poder - esse é um grande tema do filme. Nós tratamos conhecimento como um vírus, foi isso que pensávamos enquanto fazíamos esse filme e escrevíamos o roteiro. Estávamos no meio da pandemia e pensando sobre como conhecimento pode ser tão perigoso quanto uma arma, como uma pistola. E, também, simplesmente essas ideias de duas espécies, nesse caso, aprendendo como conversar entre si e a superar diferenças. Isso pode obviamente representar nós mesmos, duas culturas diferentes conseguindo conversar entre si e esse tipo de coisa. Então nós vamos deixar as pessoas meio que assistirem ao filme e decidirem por si mesmas o que querem extrair dele", conclui Wes Ball.

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