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Não acho que sejam contra a democracia, diz Jerônimo Rodrigues sobre governadores que não foram a ato no Congresso

Governador da Bahia concedeu entrevista ao SBT News; Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, estão entre os que não compareceram ao "Democracia Inabalada"

Não acho que sejam contra a democracia, diz Jerônimo Rodrigues sobre governadores que não foram a ato no Congresso
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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), disse, nesta segunda-feira (8.jan), não acreditar que algum dos governadores que não compareceram ao ato "Democracia Inabalada", realizado no Congresso Nacional, seja contra a Constituição e o regime democrático. A declaração foi dada em entrevista ao SBT News, no Salão Verde da Câmara, após o término do evento.

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"Eu não contei os governadores, mas eu acredito que cerca de 20 estariam aqui hoje, senão um pouco mais. Eu entendo que é possível que algum governador que não esteja aqui hoje pense diferente no conceito nosso de política. Mas não acredito que algum deles seja contra a Constituição ou a democracia. Talvez por um motivo de alinhamento político [não tenham vindo]. Eu espero que a gente possa unificar essa luta", pontuou.

Entre os ausentes, o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

"Nós do Consórcio Nordeste estamos todos aqui ou representado. E nós vamos construir no Nordeste esse ambiente de tranquilidade e segurança para que essa unidade dos governadores e das governadoras possa acontecer em prol da democracia", declarou Jerônimo Rodrigues.

Ainda de acordo com o governador, é preciso trabalhar perante a sociedade o conceito de democracia. "Talvez seja um conceito ainda muito distante. E nós temos que entender que a democracia é o ato do direito de execução dos nossos pensamentos, mas também de ter acesso às políticas públicas".

Questionado sobre como vê a importância do ato realizado hoje no Congresso, pontuou: "Recordar que no dia 8 de janeiro de 2023, à noite, nós nos reunimos os 27 governadores para tomarmos uma atitude em relação ao que havia acontecido. Até porque nós não gostaríamos nem gostaremos de ver o que aconteceu em Brasília acontecendo também nos estados. Por exemplo, as Assembleias Legislativas serem atacadas como foi aqui, covardemente", pontuou.

Dessa forma, segundo ele, as autoridades precisavam "reagir de uma forma unânime, querendo construir um ambiente de segurança da execução da Constituição brasileira e naturalmente do fortalecimento da democracia". "Então vi hoje este ato, a união que foi a palavra mais forte de todas as palavras que foram ditas e declamadas, inclusive pela palavra da nossa representação, Fátima Bezerra, da união das instituições, seja dos eletivos, dos não eletivos, da instituição imprensa, da instituição movimentos sociais, sociedade civil organizada".

Conforme o governador, é preciso que as instituições confluam para uma "unidade sobre o fortalecimento e proteção da democracia".

Regulamentação das redes sociais

Ao discursar no ato "Democracia Inabalada", o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitora (TSE), defendeu a regulamentação das redes sociais. Questionado sobre o que acha da medida, na entrevista, Jerônimo Rodrigues disse defendê-la também.

"Eu acho que nós temos que construir um ambiente favorável para que a sociedade como um todo compreenda a necessidade disso. Porque nós teremos agora, em 2024, eleições municipais, e nós não queremos ver o que vimos em 2022, em 2023, uma preparação para um ambiente eleitoral onde a fake, onde as mentiras permearam as redes sociais. Estraga muito a nossa limpeza do que chamamos de uma política séria e democrática", acrescentou o governador da Bahia.

E, segundo ele, a falta da regulação das redes prejudica não só a política, mas também a criação dos filhos. "A mentira também reina, muitas das vezes, atrapalhando inclusive orientação nossa, no que diz respeito a cultura, arte. E, portanto, eu, enquanto governador, buscarei fortalecer um ambiente favorável à nossa regulamentação das redes sociais".

O ministro do do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse à reportagem na Câmara, após o evento, ter visto

"Brasil mais forte"

O ministro da Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome também concedeu entrevista á reportagem, na Câmara, após o término do evento.

"Eu destaco que aqui a gente tem não só a presença. Mas a gente tem um compromisso de líderes com variadas histórias. A presença não só dos Poderes, mas aqui também de lideranças estaduais, municipais, da sociedade, com diferentes linhas de pensamento, que têm divergência, mas tem uma coisa em comum: sabem da importância de que o Brasil respeite a Constituição e as leis, a importância de garantir o fortalecimento da democracia. Eu creio que aqui é um Brasil mais forte que sai desse dia 8 de janeiro de 2024", pontuou, ao ser questionado sobre como vê a importância do evento.

O SBT News perguntou ao ministro ainda se, dos discursos feitos pelas autoridades, teve algum ponto que chamou mais a atenção dele.

"Eu acredito que aqui um destaque, além de todo esse compromisso com a democracia, foi a compreensão desse mundo novo que a gente vive onde aí se tem, de forma organizada, planejada, por exemplo, a propagação do ódio, a propagação da mentira, e a necessidade de que o Brasil, claro, respeitando a liberdade, mas ainda garantindo as condições de que se tenha aí um país democrático também nesse campo vinculado às redes sociais, vinculado a esse novo momento da comunicação no Brasil e no mundo", respondeu.

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