Novo plano diretor do Rio de Janeiro prevê liberação de clubes de tiro

A aprovação do novo plano diretor da cidade do Rio de Janeiro, pela Câmara de Vereadores, provocou uma polêmica. Uma emenda prevê a liberação de clubes de tiro em todo o município, com algumas restrições.

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A proposta foi incluída por sugestão do vereador Vitor Hugo (MDB), num artigo do plano diretor que trata da regulamentação de casas de festas. Até agora, a cidade do Rio não tinha lei específica para clubes de tiros.

A regra libera a abertura de clubes de tiro em todo o município, exceto em áreas exclusivamente residenciais, de preservação ambiental, e próximas a favelas e a escolas.

A vereadora Thaís Gerreira (PSOL) integrou a comissão do plano diretor. Ela considera a medida um perigo: "eu acredito que não deveria existir clube de tiro em lugar nenhum da cidade. São atividades de alto impacto, exigem tratamento sonoro, balístico, de segurança, que a gente não consegue garantir hoje para toda a cidade, que dirá com esses equipamentos funcionando".

O instrutor de armamentos, Rildo Anjos, diz que esses estabelecimentos deveriam ser vistos como associações desportivas: "o clube de tiro não tem influência nenhuma sobre qualquer tipo de localização, porque os clubes de tiro, eles são fiscalizados, e para que eles existam, eles têm que cumprir todas as regras, todas as determinações dos órgãos fiscalizadores para que ele permaneça ali".

O texto ainda será enviado para análise do prefeito do Rio. Eduardo Paes terá 15 dias para sancionar ou vetar parcial, ou integralmente, o novo plano diretor da cidade, incluindo o artigo que trata sobre os clubes de tiro.

Em julho, o governo federal estabeleceu novas regras para o funcionamento dos clubes de tiro. Os estabelecimentos foram proibidos de funcionar 24 horas e próximo a escolas. Menores de 14 anos só podem ter acesso com autorização judicial e a fiscalização passou a ser de responsabilidade da Polícia Federal.