TSE inicia teste de segurança das urnas eletrônicas para as eleições municipais
Durante cinco dias, técnicos e especialistas poderão acessar os componentes internos e externos do equipamento
O Tribunal Superior Eleitoral iniciou, nesta 2ª feira (27.nov), o teste público de segurança das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições municipais do ano que vem. Durante cinco dias, técnicos e especialistas poderão acessar os componentes internos e externos do equipamento.
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Em uma sala de testes, 36 investigadores vão tentar invadir as urnas eletrônicas e o sistemas na sede do TSE, em Brasília. Entre eles, há equipes da Polícia Federal e de universidades.
Aline Barbosa da Silva é técnica em informática e uma das investigadoras. Foi trabalhando como mesária, secretária e presidente de seção eleitoral que ela se interessou pela fiscalização: "já vinha algumas duvidas a respeito do sistema eleitoral. Mandei três planos de ataque, e o primeiro é a quebra de sigilo do primeiro eleitor, o outro é o sinal sonoro das teclas e o outro é limitar a votação de um certo candidato ali na carga de mídia da urna eletrônica".
O teste público de segurança faz parte das principais etapas de fiscalização do processo eleitoral, iniciado em outubro com a abertura do código-fonte das urnas. Planos de ataque que forem considerados bem sucedidos, que apontarem oportunidades de melhoria do sistema, serão acolhidos pelo TSE para os ajustes necessários.
Em maio, será realizado o teste de confirmação. Os mesmos investigadores que descobrirem as falhas, voltam para o tribunal para verificar se as medidas tomadas foram eficientes.
Na última edição, em 2021, os investigadores descobriram cinco pontos para melhorar do sistema. Nenhum dos deles colocava em risco a integridade das eleições.
"A segurança do processo eleitoral há muito deixou de ser um ativo somente da Justiça Eleitoral. É uma construção conjunta com a sociedade civil", afirma Julio Valente, secretário de segurança do TSE.
