Mauro Vieira diz que não há previsão para retirada de brasileiros em Gaza
Chanceler brasileiro afirma que negociações continuam, mas ainda há entraves das autoridades em Gaza, Egito e Israel
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, disse nesta 4ª feira (18.out) que não há previsão para o resgate dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza. A passagem de estrangeiros necessita da liberação do Egito, que faz fronteira com a cidade de Rafah, em Gaza.
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"Só existe uma fronteira possível, que é entre a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, no Egito. Não há uma perspectiva para a abertura. Por isso, eu já falei duas vezes com o ministro do Egito pedindo que, não sendo tão numerosos os brasileiros, seja feita da maneira mais rápida, já no momento em que for aberta a passagem para todos", declarou.
Vieira acrescentou: "Não temos ideia, estamos trabalhando intensamente com as autoridades egípcias e também do outro lado, para que isso aconteça no mais rápido prazo possível".
Há um grupo de 32 brasileiros em Gaza que manifestaram que querem voltar ao Brasil para se afastarem das zonas de conflito. Metade está em Rafah e a outra em Khan Younis, também em Gaza. Mauro Vieira informou ainda que há 5 mil civis de diversas nacionalidades aguardando a abertura das fronteiras em Rafah.
"Quanto à abertura [das fronteiras], depende ainda um pouco de uma série de questões. Depende dos dois lados, tanto de Israel e também das autoridades em Gaza quanto do lado do Egito", disse.
Ajuda humanitária
O governo de Israel informou, nesta 4ª feira (18.out), que vai liberar a entrada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza por meio da fronteira do Egito.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a decisão foi tomada após pedido do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O texto afirma que Israel "não impedirá" as entregas de alimentos, água e medicamentos. No entanto, pondera que os itens não poderão chegar a integrantes do Hamas.
O comunicado não deixa claro como a entrada de ajuda humanitária será realizada.
Organizações internacionais denunciam a situação crítica da população de Gaza, sem acesso a água, remédios e itens básicos. Israel cercou a região há 10 dias e impede a chegada de ajuda humanitária.