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Operação da PF prendeu comandante e cúpula da PMDF por suposta omissão no 8/1

A Polícia Federal cumpriu sete mandados de prisão na manhã desta 6ª feira (18.ago), em Brasília

Operação da PF prendeu comandante e cúpula da PMDF por suposta omissão no 8/1
Klepter Rosa Gonçalves (Rinaldo Morelli/CLDF)
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Integrantes e ex-membros da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram alvo da operação Incúria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na manhã desta 6ª feira (18.ago), em Brasília. A investigação apura suposta omissão dos acusados durante os atos golpistas de 8 janeiro.

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Na denúncia oferecida pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF), o órgão aponta "fortes indícios de materialidade e autoria dos crimes" de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, violação da Lei Orgânica da PMDF, do regimento interno da PMDF e prevaricação. 

"A conduta delitiva dos denunciados, narrada pela Procuradoria-Geral da República, revela-se ilícita e gravíssima, constituindo indevido e criminoso uso da estrutura da Polícia Militar do Distrito Federal com objetivo de romper a ordem democrática, através da tomada violenta dos prédios dos Poderes da República", escreve o ministro Alexandre de Moraes na petição.

Os mandados foram cumpridos contra o coronel Klepter Rosa Gonçalves, atual comandante-geral da PMDF; o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF; o coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, ex-chefe interino do Departamento de Operações da PMDF, responsável pelo plano de segurança no 8 de janeiro; o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento de Operações da PM que estava de licença no 8/1; o major Flávio Silvestre de Alencar, que ocupava o comando do 6º Batalhão da PMDF, responsável pela Praça dos Três Poderes e Esplanada dos Ministérios; o tenente Rafael Pereira Martins; e o coronel Fábio Augusto Vieira, comandante da PMDF no dia dos atos.

Segundo a denúncia da PGR, "o contexto extraído da investigação evidencia que todos os denunciados se omitiram dolosamente, aderindo aos propósitos golpistas da horda antidemocrática que atentou contra os três Poderes da República e contra o Regime Democrático".

A PGR argumenta que os acusados sabiam do propósito golpistas dos extremistas, assumiram "risco dos resultados lesivos", escalaram efetivo policial incompatível com a dimensão dos ataques, retardaram a atuar, abriram espaço para os insurgentes ingressarem nos edifícios e "deixaram de confrontar a turba". A denúncia ainda diz que a PMDF "somente passou a atuar de maneira eficaz com a anunciada intervenção federal".

Após a operação, o governo do Distrito Federal se manifestou em nota:

"O Governo do Distrito Federal recebe a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com acato e respeito, aguardando o desfecho do inquérito. Como ocorreu desde o primeiro momento, o GDF participa com informações e diligências para que o processo em curso ocorra da forma mais justa e célere possível. O trabalho da Secretaria de Segurança Pública do DF se mantém com o mesmo empenho para que a população não seja prejudicada."

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