Cúpula da Amazônia: manifestantes pedem fim da exploração de petróleo
No primeiro debate, o presidente da Colômbia, Gustavo Petros, criticou Biden e presidentes europeus
Representantes de movimentos sociais protestaram pela demarcação de terras indígenas e o fim da exploração do petróleo na Amazônia do lado de fora do centro de convenções em Belém( PA).
Depois de 14 anos, os países que fazem parte da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica voltaram a se reunir para discutir temas importantes para a região. O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB) defendeu um novo modelo de economia para a região, a fim de acabar com a pobreza, mitigar e adaptar as emissões de gases do efeito estufa e garantir a transição para uma nova economia baseada na floresta viva.
Pela primeira vez na história da OTCA, representantes da sociedade civil entregaram seis relatórios aos participantes da reunião com demandas, de vários setores, para o desenvolvimento sustentável da região. Cinco dos oito presidentes de países da América do Sul que fazem parte da organização estão em Belém./ Três países enviaram representantes, como a Venezuela, após o presidente Nicolás Maduro desistir da participação alegando problemas de saúde.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também cobrou o fim da exploração de petróleo na Amazônia e criticou os governos europeus e dos Estados Unidos, e disse: "existe uma política que pretende descarbonizar as economias do norte, nós temos ali o Biden, temos certo progressismo europeu também que vai neste caminho".
A rede de pesquisa MapBiomas divulgou, nesta 3ª feira (8.ago), que a região amazônica perdeu dezessete por cento da cobertura vegetal em pouco mais de três décadas.