Remédio contra o câncer de mama aprovado em 2021 ainda não chegou ao SUS
Medicamento é mais eficaz e causa menos efeitos colaterais do que outros usados na rede pública
Em novembro de 2021, o Ministério da Saúde aprovou o uso de um medicamento mais eficaz, e com menos efeitos colaterais, por pacientes que tratam o câncer de mama pelo SUS, o problema é que até hoje esse remédio não chegou à rede pública de saúde.
Os estudos globais mostraram que os medicamentos palbociclibe, abemaciclibe e ribociclibe agem diretamente em dois tipos de tumores de mama, aumentando o tempo de sobrevida em até cinco anos.
O custo do tratamento, que é mensal, pode chegar a R$ 21 mil pela caixa com 21 comprimidos. Os médicos explicam que os tumores de mama atacados pela nova classe de remédios representam de 65% a 70% dos casos desse tipo de câncer no país.
O Ministério da Saúde informou que o orçamento do governo anterior não reservou recursos para esse tipo de medicamento, mas deve garantir a distribuição até o final de agosto.
O ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o atual governo já deveria ter cumprido a legislação e disponibilizado o medicamento, porque o orçamento desse ano já foi acrescido pela PEC da Transição para a compra e distribuição do remédio.