Caso Henry: Justiça do Rio mantém prisão de Monique Medeiros
Mãe do menino Henry Borel voltou à prisão na última 5ª feira (06.jul) por determinação do STF
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu pela manutenção da prisão de Monique Medeiros, acusada de envolvimento na morte do filho Henry Borel, em 2021.
A audiência de custódia foi realizada nesta 6ª feira (06.jul), um dia após o retorno da mãe do menino ao Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, por determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Monique estava em liberdade desde agosto do ano passado, depois de ser beneficiada por uma liminar do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que permitia a ela aguardar o julgamento em liberdade.
Os advogados de Leniel Borel, pai de Henry, recorreram da liminar, e o recurso foi submetido ao STF. Na decisão, o ministro Gilmar Mendes concordou com o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta para risco de violações de medidas cautelares e interferência nas investigações por parte da acusada. Anteriormente, o Ministério Público do Rio de Janeiro já havia levantando suspeitas de que Monique teria usado as redes sociais para possível coação de testemunhas - o que a defesa nega.
Monique Medeiros e o seu então namorado, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, são acusados de homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no curso do processo. A mãe do menino também responde por crime de falsidade ideológica, por ter prestado declaração falsa ao hospital onde a criança foi levada, já sem vida.
Jairinho está preso desde abril de 2021 e, diferente de Monique, teve os pedidos de soltura negados. Conforme decisão da Justiça, ambos irão a júri popular, mas ainda não há data para o julgamento.
Henry Borel, de 4 anos, foi assassinado no dia 8 de março de 2021, no apartamento onde morava com a mãe e o padrasto. Laudo de necropsia do Instituto Médico Legal indicou 23 fraturas pelo corpo da criança, que morreu em decorrência de "hemorragia interna e laceração hepática".