44% da população vê ameaça comunista no Brasil, diz Ipec
Segundo pesquisa, quase metade dos entrevistados acredita que país vai adotar um novo regime
A pesquisa Ipec que foi realizada entre os dias 2 e 6 de março em todo o país de forma presencial mostra que quase a metade dos pesquisados observam uma ameaça comunista no Brasil.
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Quando perguntados se "O Brasil corre o risco de virar um país comunista", os dados mostram que 44% da população vê o risco de o país adotar parcialmente ou totalmente o regime comunista.
Essa reação é o reflexo do que aconteceu nos últimos anos, quando foi distribuída e alardeada nas redes sociais o suposto acontecimento pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelos seus aliados, políticos de extrema-direita.
Durante a campanha à Presidência da República, em 2022, Jair Bolsonaro insistiu na tese de que um governo de esquerda implantaria um regime comunista, associando ao que acontece no regime político e à crise econômica e social na Venezuela e Cuba.
O levantamento apontou que 31% concorda totalmente com a possibilidade, 13% concorda em parte.
Já para 36% dos pesquisados discordam totalmente dessa situação e 11% discorda em parte. Nem discorda e nem concorda, chega a 2% e outros 6% não responderam o Ipec.
O levantamento apontou que os evangélicos são os que mais acreditam que possa ter a mudança para o regime soviético -- 57% concordam total ou em parte na tese.
Os dados também mostram uma correlação entre os que acreditam na chegada do regime comunista com os que fazem uma má avaliação do governo Lula.
Deste recorde dos pesquisados, 81% consideram a atual gestão ruim ou péssima e acreditam que há possibilidade de uma instalação de um regime comunista no Brasil.
O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 6 de março, sendo ouvidas 2 mil pessoas, em 128 municípios brasileiros, com índice de confiança de 95%.
