Lula oferece 7,8% de reajuste a servidores e R$ 200 no vale
Proposta do governo gera impacto de R$ 11,2 bilhões nos cofres da União; sindicatos do funcionalismo devem se reunir na 5ª
O governo Luiz Inácio Lula da Silva espera para a próxima semana, depois do Carnaval, a resposta dos sindicatos dos servidores públicos federais sobre o aumento de 7,8% que o Executivo ofereceu para todas categoriais do funcionalismo. Na 5ª feira (23.fev) uma reunião entre representantes da União e sindicatos dos servidores devem acontecer para discutir a proposta.
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O Ministério da Gestão e Inovação formalizou a proposta de 7,8% para todas as categorias do funcionalimso público federal e mais um aumento de R$ 200,00 no valor pago pelo Auxílio Alimentação. A proposta apresentada aos servidores na 5ª feira (17.fev) vale para os funcionários civis, sem inclusão dos militares.
Se o reajuste de 7,8% for aceito, o impacto será de R$ 11,2 bilhões - dinheiro que o governo diz que já tem reservado.
O auxílio alimentação, que está congelado desde 2016, é de R$ 458,00 mensais e passaria para R$ 658,00. Os servidores, no entanto, reclamam que a defasagem é de mais de 30%, já que o último reajuste aconteceu em janeiro de 2017 e a remuneração da maioria das categoria ficou congelada durante a pandemia.
Sindicatos de algumas categorias passaram a defender depois da reunião que o reajuste de 40% no valor do Auxílio Alimentação se estenda para outros benefícios que os funcionários públicos recebem. O Ministério da Gestão e Inovação diz que, se o percentual proposto pelo Executivo for aceito, o reajuste começa a valer em 1º de março, porque o governo deve editar medida provisória.
Fazenda
Enquanto a equipe da ministra Esther Dweck tenta avançar nas negociações com o funcionalismo, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, se reuniu na manhã desta 6ª feira, com o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no Alvorada.
À tarde, o ministro da Fazenda partiu para São Paulo para nova rodade de encontros com empresários. No sábado (18.fev), Haddad embarca para a Índia, onde participa do encontro de ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do G20. Haddad quer retomar o protagonismo do Brasil nas discussões econômicas dos fóruns internacionais
"O Brasil estava isolado dos Estados Unidos, da Europa, da Ásia, até da América do Sul nós estávamos isolados", disse Haddad.
"Agora, a sua ida à Índia prepara o terreno para que o Brasil assuma a presidência do G20 a partir do ano que vem. Lula é autoridade mundial, pessoa respeitada. Sua liderança será importante para assuntos de interesse nacional e internacional na presidência do G20."
