Governo de São Paulo anuncia novo plano de ação na cracolândia
Internação involuntária, uma das medidas mais polêmicas, só deve ser usada em último caso
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, anunciaram medidas para tentar resolver o problema das cracolândias.
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Segundo Tarcísio, os primeiros passos serão os que todos os especialistas concordam. A internação involuntária, uma das medidas mais polêmicas, só deve ser usada em último caso.
"Você tem uma cesta de opções, e a internação involuntária é uma delas, que vai ser usada em último caso, pra realmente salvar a vida de uma pessoa que eventualmente está numa situação extrema", afirmou Tarcísio.
Entre as medidas propostas por governo e prefeitura são: oferta de vagas em comunidades terapêuticas, vagas em hospitais gerais para desintoxicação, capacitação dos usuários de crack, auxílio financeiro e moradia.
Ao todo, 200 profissionais especializados realizarão abordagens aos usuários, que poderão ser encaminhados para um "hub", onde suas necessidades específicas serão atendidas.
A ação conjunta também deve se esforçar para cadastrar essas pessoas no CadÚnico, ferramenta que auxilia na identificação de pessoas de baixa renda para que sejam incluídas em programas sociais,
De imediato, devem ser disponibilizados 500 leitos de comunidades terapêutica, 250 de internação geral e 40 de desintoxicação. Em moradia, devem ser investidos R$ 120 milhões. Os usuários que progredirem no tratamento podem receber uma moradia para recomeçar. As famílias também devem receber auxílio financeiro.
"A questão da cracolândia não é uma questão de polícia, não é só de saúde, de recuperação do dependente químico, não é só uma questão de assistência social, não é uma questão de habitação, não é uma questão de revitalização do centro, é uma questão de todas elas", afirmou Tarcísio.
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