Atentado contra PMs em seção eleitoral foi encomendado pelo PCC
Atiradores fazem parte de quadrilha especializada em roubos a joalherias; crime aconteceu no domingo de eleição
Investigações revelaram que a tentativa de assassinato contra dois policiais militares, em uma seção eleitoral, em São Paulo, foi encomendada por uma facção criminosa, que ofereceu dinheiro a criminosos em troca do atentado. De acordo com os investigadores, os atiradores fazem parte de uma quadrilha especializada em roubos a joalherias.
Um dos suspeitos detidos pelo atentado, no domingo de eleição (02.out), é Breno de Oliveira, de 21 anos. O criminoso aparece nas imagens, registradas por câmeras de segurança de uma shopping center, na zona leste, durante um roubo a uma joalheria, no dia 31 de julho. Aquela foi uma das quatro ações da quadrilha só este ano.
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Breno deixou um rastro do próprio sangue no assalto, quando quebrou com a mão uma das vitrines. "Nós temos o material biológico, e agora com a prisão dele, a gente vai poder coletar o material biológico dele também, e fazer essa comparação. Mais uma prova de que ele estava no local do crime", informa o delegado Anderson Nonato dos Santos.
O bandido também foi reconhecido por testemunhas, e já estava com a prisão decretada quando atacou os policiais militares. A tentativa de assassinato aconteceu em frente a uma escola, na Zona Sul da capital paulista. Os PMs faziam a segurança do local de votação quando Breno e um comparsa chegaram atirando.
Um soldado foi ferido na cabeça e está internado em estado crítico. Uma policial foi atingida no abdômen, no ombro e na mão. Ela também segue internada, e o quadro de saúde dela é estável. Breno foi preso durante a fuga. Já o parceiro dele fugiu e levou a arma de um dos policiais.
As investigações apontam para um ataque determinado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital. Breno teria recebido R$ 5 mil para cometer o crime.
Outra suspeita do elo do PCC com o ataque é o chefe da quadrilha que Breno faz parte: Ygor Pereira da Silva, conhecido como "Cebola". O grupo criminoso chefiado por ele é investigado por policiais civis há meses. "Ele tem ligações tanto com a facção criminosa PCC quanto com o tráfico de drogas da região", afirma o delegado Anderson Nonato.
Ygor agora também é investigado pelo ataque aos PMs, no entanto, já poderia estar na cadeia. No dia 31 de julho, o criminoso foi preso por policiais militares perto do shopping, logo depois do roubo à joalheria. Ele teria se perdido do resto do bando. Contudo, o integrante do PCC foi solto a mando da Justiça, pouco tempo depois, por falta de provas.
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