Pesquisa aponta Brasil como país mais perigoso para ativistas ambientais
Aumento da violência e repressão está ligado aos conflitos territoriais
Um estudo da Global Witness, divulgado nesta 5ª feira (29.set), apontou o Brasil como o país mais perigoso para ativistas ambientais. Segundo os dados, de 2012 a 2020, foram contabilizados 1.733 mortes de voluntários no mundo, sendo mais da metade em território nacional, assim como na Colômbia e Filipinas.
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A pesquisa também destacou que as comunidades indígenas, em particular, enfrentam um nível desproporcional de ataques - quase 40% - embora componham apenas 5% da população mundial. Grande parte da violência e repressão está ligada aos conflitos territoriais e à busca do crescimento econômico baseado na extração de recursos naturais.
"Em todo o mundo, povos indígenas, ativistas ambientais e outros defensores da terra e do meio ambiente arriscam suas vidas para a luta contra as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade. Mas eles estão sob ataque enfrentando violência e criminalização por governos e empresas repressivas que priorizam o lucro sobre os danos humanos e ambientais", disse um porta-voz da Global Witness.
A entidade pede que os agressores sejam responsabilizados pela violência contra os defensores da terra e do meio ambiente, consideradas as pessoas que estão na linha de frente da crise climática. "São necessárias ações urgentes em nível regional, nacional e internacional para acabar com a violência e a injustiça que enfrentam", diz o texto.
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No Brasil, o último caso de violência foi contra o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira. Ambos faziam uma viagem pelo Vale do Javari, no Amazonas, quando foram rendidos por moradores locais após registrarem a prática de atividades ilegais. De acordo com a investigação policial, a dupla foi morta a tiros e tiveram os corpos esquartejados e queimados.