Apreensão de pistolas ilegais supera a de revólveres no Rio de Janeiro
No Distrito Federal, o número de pistolas recolhidas cresceu mais de 70%
O perfil de armas apreendidas, no Brasil, mudou. Até 2019, os revólveres eram o armamento ilegal mais encontrado com criminosos em operações das polícias do Rio de Janeiro e do Distrito Federal. Agora, é a vez das pistolas.
No primeiro semestre deste ano, mais de 51% das armas apreendidas no Rio de Janeiro foram pistolas, um recorde histórico, segundo levantamento do Instituto 'Sou da Paz', em parceria com o SBT News. Foram 1.751 pistolas contras 1.043 revólveres recolhidos, neste período.
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No Distrito Federal, também foi observada uma maior circulação deste tipo de armamento. Nos últimos 3 anos, o número de pistolas apreendidas cresceu 73%, enquanto o de revólveres caiu 7%.
Antes de 2019, a pistola era restrita às Forças de Segurança, porém, a partir de decretos presidenciais, passou a ser permitida para civis. O gerente do Instituto 'Sou da Paz', Bruno Langeani, faz uma relação entre a flexibilização do uso e da compra de armar com o maior número de pistolas apreendidas pela polícia.
"Quando a gente facilita a compra de armas por cidadão, por policiais, por empresas de segurança privada, e enche esse bolo, é natural que parte dessas armas migre para o mercado ilegal. O problema é que a gente está vendo isso não só num volume maior, mas com armas mais potentes sendo migradas para o crime. Arma mais potente significa mais dano, mais letalidade", explica Langeani.