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Desmatamento na Amazônia atinge pior primeiro semestre em 15 anos

Segundo Imazon, derrubada de floresta já chegou a 4.789 km² de janeiro a junho deste ano

Desmatamento na Amazônia atinge pior primeiro semestre em 15 anos
Pará continua sendo o estado com maior área desmatada | Christian Braga/Greenpeace
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O desmatamento na Amazônia registrou o número mais alto dos últimos 15 anos. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados nesta 2ª feira (18.jul), foram 4.789 km² de área derrubada, quase 20% a mais do que o contabilizado no mesmo período de 2021 - 4.014 km². A área corresponde a duas vezes o território de Palmas, a nona maior capital brasileira.

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Apenas em junho, foram derrubados 1.429 km², um crescimento de 54% com o mesmo mês do ano anterior, quando foram destruídos 926 km². Assim como nos balanços anteriores, o Pará foi o estado que teve a maior área desmatada no período, com 497 km². Em seguida, ficaram o Amazonas (421 km²) e Mato Grosso (183 km2). Todos concentram 77% de toda a devastação nos nove estados que compõem a Amazônia Legal.

Desmatamento acumulado no primeiro semestre do ano | Divulgação/Imazon

"Esse novo recorde de desmatamento na Amazônia representa uma maior ameaça à vida de povos e comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos. Além disso, a derrubada da floresta também contribui para o agravamento das mudanças climáticas, que está relacionado com a maior frequência e intensidade de fenômenos extremos como secas e chuvas fortes", alerta Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.

Ela ressalta que o Brasil já vem sofrendo com mortes e prejuízos causados pelas chuvas fortes, como ocorreu mais recentemente em Pernambuco. Além disso, no ano passado, quebras nas safras de importantes commodities agrícolas como soja, milho e café por causa da seca afetaram gravemente a economia e contribuíram para o aumento da inflação.

Segundo a avaliação do Imazon, a tendência para os últimos seis meses do ano é de que a destruição siga em ritmo acelerado por três motivos principais. O primeiro é a continuidade do período seco na região até outubro, o chamado "verão amazônico". O segundo é a realização das eleições, quando historicamente as fiscalizações federais, estaduais ou municipais costumam diminuir. E o terceiro é a falta de sinalização dos órgãos competentes.

+ Amazônia perdeu 18 árvores por segundo em 2021, diz MapBiomas

"Isso funciona como um incentivo para que os desmatadores ilegais sigam atuando na região, principalmente através do processo de grilagem de terras", afirma Larissa.

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