Médico estuprador é tratado pela polícia como criminoso em série
O anestesista Giovanni Quintella é investigado por pelo menos seis estupros; outras vítimas são esperadas
A Polícia Civil já sabe que o anestesista Giovanni Quintella participou de mais de 20 partos no Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Todos os procedimentos que contaram com a participação dele serão investigados.
A gestante filmada durante o estupro já sabe o que aconteceu e está muito abalada. Ela deve prestar depoimento depois da alta médica. A mulher e a família estão sendo preservadas. Giovanni está sendo investigado pelo estupro de outras cinco mulheres. O relato das vítimas denuncia que o médico fazia sedação total e pedia para que os maridos se retirassem do centro cirúrgico após o nascimento dos bebês. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro - Cremerj, já abriu um processo para expulsar o médico. A polícia enviou para a perícia o celular que filmou o estupro e o material usado na sala de cirurgia, para constatar que não houve manipulação das cenas.
O médico estuprador está preso em Bangu 8. Por questões de segurança, ele permanece numa cela individual. Segundo informações, na chegada, Giovanni foi vaiado e xingado pelos presos como forma de protesto. Para a delegada responsável pelo caso, Giovanni é um criminoso em série.
"Pela repetição das ações criminosas, que nós observamos, e pelas características compulsivas das ações do indiciado, nós podemos dizer que é um criminoso em série", disse a delegada Barbara Lomba.
Para a polícia, o médico estuprador fazia o uso excessivo de anestésicos apenas para abusar das vítimas. Um grupo de mulheres se reuniu nesta 4ª feira (13.jul) na porta do hospital num protesto contra a violência obstétrica.
Segundo a Polícia Civil, uma das vítimas, tomou por segurança um coquetel anti-HIV. Por conta do uso da medicação a mulher precisou parar de amamentar. Os advogados dessa vítima, que não foi identificada, pediram exame de HIV do médico, mas ele não é obrigado a fazer.