Polícia prende envolvidos no sequestro de juiz americano, no Rio
Foram detidas duas garotas de programa que foram flagradas no mesmo elevador que o mandante do sequestro
A polícia prendeu outros suspeitos de envolvimento no sequestro do juiz americano, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. A vítima, que não teve a identidade revelada, foi libertada por agentes na última 2ª feira (11.jul). Imagens de câmeras de segurança mostram duas garotas de programa e o suposto sequestrador no elevador do prédio onde o juiz aposentado estava hospedado. As mulheres devem passar por audiência de custódia nesta 4ª feira (13.jul).
O miliciano Erivaldo Juvino Silva, conhecido com Nem da Malvina, já tinha sido detido na 2ª feira (11.jul), por uma força tarefa formada por agentes da Delegacia Antissequestro, policiais da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo e da Delegacia de Piedade. Ele é suspeito de ter comandado o sequestro.
As investigações começaram após a polícia receber informações sobre um estrangeiro que havia sido sequestrado por criminosos, em Copacabana. Os agentes descobriram que a vítima foi rendida no flat por dois homens que se identificaram como policiais. Eles foram levados ao local pelas duas garotas de programa, que haviam se encontrado com o juíz horas antes. A quadrilha ainda roubou R$ 8 mil e U$ 100 dólares do juiz. O homem foi levado até um posto de combustíveis no Recreio dos Bandeirantes, onde os criminosos pediram mais um resgate de R$ 200 mil.
Em depoimento, o magistrado contou que chegou ao Brasil no início do mês e marcou um encontro com as mulheres, que havia conhecido em viagens anteriores. O juiz também afirmou que já frequenta o país à turismo, há vinte anos, e sempre se hospedou em flats, em Copacabana.
Nem da Malvina é apontado como chefe de uma milícia que atua em pelo menos seis comunidades, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O miliciano já havia sido preso em 2016 e condenado a quatro anos e oito meses de prisão.
A polícia tenta capturar outros dois homens que aparecem em vídeos e também estariam envolvidos no crime.