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Pesquisa mostra dificuldades enfrentadas por idosos LGBTQIA+

Pessoas acima dos 50 anos temem o preconceito quando precisam do judiciário e dos serviços de saúde

Pesquisa mostra dificuldades enfrentadas por idosos LGBTQIA+
cartaz com idosos LGBTQIA+
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No mês do Orgulho Gay, uma pesquisa inédita mostra a difícil situação enfrentada pelos idosos da comunidade LGBTQIA+. São pessoas que, geralmente, não se sentem inseridas nos serviços públicos, temem a violência e o isolamento social.

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Eduardo e Flávio são aposentados. Eles fazem tratamento psiquiátrico e possuem problemas físicos em razão das agressões sofridas há cinco anos quando reclamaram de uma festa, com som alto, na vizinhança. 

"Os rapazes começaram a chutar ele, derrubaram ele no chão. Pra me defender, ele que apanhou mais", conta Eduardo Michels. O casal não tem dúvidas de que foi vítima de homofobia. Até hoje, ninguém foi punido pelas agressões.

"Você condenar alguém por racismo e por racismo homofóbico é muito mais difícil ainda", diz Eduardo.

Uma pesquisa do ambulatório da pessoa idosa do Hospital das Clínicas de São Paulo revela que pessoas da comunidade LGBTQIA+ acima dos 50 anos temem o preconceito quando precisam do judiciário e dos serviços de saúde.

O presidente da associação "Eternamente Sou", Luiz Baron, dá os exemplos: "não é igual pra todo mundo, uma mulher trans, que chega ao 65 anos, ela talvez tenha problema de próstata, um homem trans, que chega ao 60, 70 anos, ele talvez tenha problema de útero. Um homem gay, se ele não for tratado adequadamente na primeira consulta, provavelmente ele não voltará".   

No próximo domingo, na Avenida Paulista, vai acontecer mais uma edição da parada do Orgulho LGBTQIA+, considerado um dos maiores eventos de rua do mundo, mas a festa é sempre marcada por temas fortes, como a solidão.

"Isso tem um impacto muito grande e negativo na saúde mental. A gente tem pesquisa mostrando que quem é mais velho e da comunidade LGBT tem mais chance, em relação a quem é heterossexual e cis gênero, de não ter tido filho, de não ser casado, e até não ter ninguém para chamar em caso de uma emergência", afirma Milton Crenitte, coordenador do ambulatório de sexualidade da pessoa idosa da USP.

Apesar da enorme preocupação com o avanço da idade, Luiz Baron, com a experiência de quem há cinco anos, ajuda idosos da comunidade LGBTQIA+, acredita em dias melhores: "eu sou muito otimista com relação ao futuro das questões da velhice LGBT, mas volto a frisar que é um trabalho diário cotidiano, que depende de várias formas, das organizações não governamentais, do poder público, e das pessoas de boa vontade das pessoas da comunidade LGBTQIA+".

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