7 em cada 10 brasileiros não acreditam que armas trazem mais segurança
Pesquisa do Datafolha aponta para maior rejeição entre pretos, mulheres e jovens
A maioria dos brasileiros discorda da ideia de que armas promovem mais segurança para a sociedade. Segundo levantamento feito pelo Datafolha, divulgado na terça-feira (31.mai), 7 em cada 10 brasileiros se contrapõem a políticas que favoreçam o armamento da população, sendo a maioria entre pessoas que se autodeclaram pretas (78%), mulheres (77%) e jovens de 16 a 24 anos (75%).
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Entre aqueles que concordam com a relação entre porte de armas de fogo e maior proteção contra a violência (26%) estão os brasileiros do sexo masculino (32%), da região Norte (33%) e com renda familiar de mais de dez salários mínimos (37%). Todos os grupos também apoiam a facilitação do acesso às armas para população, medida rejeitada por 71% dos 2.556 entrevistados.
Já em relação à frase proferida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) "o povo armado jamais será escravizado", 28% dos participantes disseram concordar com a afirmação, enquanto 69% discordaram. Entre aqueles que apoiam a sentença estão os empresários (52%), pessoas com renda superior a dez salários mínimos (41%) e moradores da região Norte (40%).
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A indústria armamentista vem se fortalecendo no Brasil desde 2019, quando Bolsonaro assumiu o comando do país. Em discurso na terça-feira (31.mai), por exemplo, o chefe de Estado voltou a comentar sobre temas polêmicos, como aborto e ideologia de gênero, e defendeu o armamento da população. "A arma de fogo nas mãos do cidadão de bem, mais que defender a sua família, ele passa a defender a sua Pátria", afirmou.