Djamila Ribeiro é eleita para a Academia Paulista de Letras
Filósofa vai ocupar a cadeira que era da escritora Lygia Fagundes Telles
A filósofa Djamila Ribeiro foi eleita nesta 3ª feira (24.mai) para a cadeira 28 da Academia Paulista de Letras, que antes era ocupada pela escritora Lygia Fagundes Telles, falecida em abril deste ano.
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"Me sinto honrada por ter sido eleita pelos ilustres imortais da Academia Paulista de Letras e firmo meu compromisso de levar adiante o legado de contribuições da cadeira de número 28, ocupada em sua história por grandes nomes como o jornalista Júlio de Mesquita Filho, e pela memorável escritora Lygia Fagundes Telles, a quem tenho a nobre missão de suceder", agradeceu Djamila.
"Sendo a única acadêmica negra desta academia, entendo que o trabalho que desenvolvi até hoje, como escritora e editora na publicação de dezenas de intelectuais negros e negras, difundindo vozes essenciais para a reflexão de nosso país, se faz cada vez mais urgente para o fortalecimento da democratização do conhecimento e das letras no Brasil", completou.
Nascida em Santos, no litoral de São Paulo, Djamila é mestre em filosofia política pela Universidade Federal de São Paulo (USP) e autora de livros como "Lugar de Fala", "Quem tem medo do Feminismo Negro?", "Pequeno Manual Antirracista", "Cartas para minha avó" e "Diálogos Transatlânticos".
A filósofa acumula premiações como o Prêmio Jabuti na Categoria Ciências Humanas em 2020. Ela também foi a primeira brasileira a receber o "BET Awards", concedido pela comunidade negra estadunidense, em 2020, na categoria de impacto social.
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