Sem mudanças no TSE, reação não será "judicial", diz Flávio Bolsonaro
Filho do presidente afirma não saber o que pode acontecer se houver dúvidas sobre o resultado das eleições
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PL) e coordenador da pré-campanha à reeleição ao Palácio do Planalto, disse, em entrevista exclusiva ao programa Perspectivas, do SBT News, que, pelas pesquisas internas, "a gente tem a convicção de que no voto a gente não perde". Para ele, a vitória será no primeiro turno.
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Diante disso, ele diz que se houver desconfianças sobre o resultado das eleições a reação não será de questionar na Justiça. "Então, olha o dilema: judicializa pra quem? Pra eles próprios?", questiona. "Por isso que eu tô falando que tem que ter uma prudência, né? De deixar a vaidade de lado. Porque que eu acho que passa na cabeça de quem tá tomando conta do TSE hoje? 'Ó, não vamos dar essa vitória política pro Bolsonaro não ou, então, assim nós cedermos ao Bolsonaro, ele vai ter uma vantagem política com isso, né?'".
Ao ser questionado se poderia haver briga na rua, ele disse que "é uma narrativa falsa", mas que tem uma outra narrativa também: "Parece que já está tudo arquitetado pelo TSE. A gente está vendo que os institutos de pesquisa não refletem que a gente vê na realidade nas ruas. Então, as pesquisas estão servindo para legitimar um golpe, sim. De botar um ex-presidiário, que tem uma rejeição gigante". E completa: "Eu acho que se a gente não tiver, por parte do TSE, esse senso de responsabilidade como medidas concretas para dar essa tranquilidade ao eleitor, é possível, sim, que haja uma instabilidade política no país. Não estou pedindo isso, tá? Não estou incentivando isso. Estou falando o contrário. Mas não queremos isso. Cabe ao TSE fazer a sua obrigação".
Para ele, é determinante que, entre outras medidas, outras instituições como Forças Armadas e OAB possam acompanhar as apurações paralelamente ao TSE.
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