Pesquisadores gaúchos descobrem pequeno réptil de 225 milhões de anos
Descoberta comprova a existência de duas espécies diferentes, ambas parentes dos pterossauros
Pesquisadores gaúchos descobriram uma espécie de réptil de 225 milhões de anos, na região central do Rio Grande do Sul. O estudo que apresenta o animal foi publicado na revista científica PeerJ, na última 3ª feira (3.mai.).
A pesquisa faz uma correção e revisa um estudo anterior, de 2010. Na época, os especialistas pensavam que ossos encontrados em duas expedições distintas, na mesma região, pertenciam ao mesmo réptil: o Faxinalipterus minimus. Agora, ficou comprovada a existência de duas espécies diferentes, ambas parentes dos pterossauros, os primeiros vertebrados que voaram.
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A nova espécie, descoberta a partir do fóssil reexaminado, é a Maehary bonapartei. O animal proveniente do período triássico foi localizado no interior de Faxinal do Soturno (RS). Ele é composto por um crânio incompleto, partes da mandíbula, de uma escápula e vértebras. O réptil tinha um comprimento estimado em 40 centímetros.
O nome vem de uma expressão do povo guarani-kaiowa, que significa "quem olha para o céu", em alusão à sua posição na linha evolutiva dos répteis. De acordo com os especialistas, o trabalho ajudará a entender melhor como esses animais aprenderam a voar.