Greve dos caminhoneiros: indefinição sobre greve racha categoria
Parte dos motoristas vai se reunir com Tarcísio de Freitas, enquanto outra ala anuncia paralisação
A articulação para uma greve dos caminhoneiros, prevista para a próxima 2ª feira (1º.nov), provocou um racha na categoria. Uma parte ainda não confirmou a presença na paralisação e vai se reunir com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, na tarde desta 5ª feira (28.out). Outra ala se recusa a participar do encontro e estimula o movimento.
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Com a divisão das categorias, a indicação é que a greve, se concretizada na próxima semana, tenha menos adesão que os movimentos de 2018. "Não existe nenhuma confirmação de greve, até porque o ministro está convidando a liderança a se reunir com ele", declarou ao SBT News o presidente da Associação das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados do Petróleo do Rio de Janeiro (Associtanque-RJ), Ailton Gomes.
Gomes também destaca que nem todos os caminhoneiros aceitaram o convite - "alguns estão recusando" - e diz discordar da atitude dos motoristas. "Tem que ir. Discutir na mesa, sair alguma coisa de lá. Ver o que o ministro vai apresentar e, de repente, quem sabe, ter uma solução".
Já Wallace Landim, mais conhecido como Chorão, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), aposta na greve se o governo "não sinalizar algo concreto". Em vídeo compartilhado pela entidade, Chorão diz que a situação na qual os caminhoneiros se encontram é pior do que a de 2018, e chama a categoria a participar do movimento, que tem entre as demandas a diminuição do preço do diesel: "Se faz necessária essa união para a gente correr atrás da nossa sobrevivência".
Em nota enviada à reportagem, o Ministério da Infraestrutura disse que está em conversas com setores responsáveis pelo transporte de cargas e confirmou a reunião com o grupo de caminhoneiros, mas negou que o encontro tenha relação sobre as pretenções de lideranças que tentam mobilizar uma greve.
Mais cedo, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou que não haverá desabastecimento em caso de paralisação no dia 1º de novembro, e que veículos de empresas transportadoras não deverão aderir.
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