IBGE: um em cada dez estudantes sofre "cyberbullying"
Pesquisa aponta também que 20,1% das jovens já sofreram violência sexual
Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que um em cada 10 estudantes sofre com o "cyberbulling", que são ofensas praticadas pela internet.
O principal alvo dos agressores são as meninas. Em 2019, 16,2% das alunas, entre 13 e 17 anos, tinham recebido mensagens ofensivas pelas redes sociais.
A psicóloga da PUC-RS Carolina Lisboa explica que as ofensas e humilhações pela internet podem ser mais cruéis que o já conhecido bullying. "O processo do cyberbullying tem aspecto que o bullying não tem, que é a audiência infinita. Os videos, as fotos, os nudes, as fotos transformadas e os posts descontextualizados. Eles ganham o mundo", diz a profissional.
A pesquisa também apontou que 21% dos alunos afirmaram já terem sido agredidos pelos pais. Entre as meninas, 20,1% sofreram violência sexual. Já entre estas, 29,1% apontaram o namorado ou namorada como agressor e 24,8% um amigo ou amiga.
Outro dado preocupante é o aumento da taxa de suicídio entre os jovens. Entre 2014 e 2019, o número de casos aumentou 50%, segundo pesquisa de uma seguradora. No momento de pandemia, é preciso redobrar a atenção ao grupo.