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"Temos dois ou três meses para achar um nome de centro", diz FHC

Tucano criticou Lula e Bolsonaro. Em live do grupo Parlatório, ele disse que democracia tem regra

"Temos dois ou três meses para achar um nome de centro", diz FHC
fernando henrique
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o "centro" tem mais dois ou três meses para achar um nome para a disputa ao Palácio do Planalto. "Não temos muito tempo, mas ainda temos um tempinho para esse debate. Em política é preciso decisão, se esse nome não aparecer, temos que criá-lo", disse o tucano, que participou de um debate do grupo Parlatório na tarde deste domingo (22.ago). 

O grupo Parlatório -que reúne formadores de opinião- realizou uma live para abordar ideias e caminhos para o "Futuro de uma Nação". O Parlatório promove debates educação, saúde, meio ambiente, política monetária e econômica. No evento deste domingo, ao defender um nome de centro, Fernando Henrique criticou o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente Jair Bolsonaro.

"Lula vai puxar a brasa para a própria sardinha, quer ser o chefão, é obsessivo. Bolsonaro tem impulsos autoritários", afirmou o presidente. Fernando Henrique defendeu um momento de congraçamento, algo maior do que interesses particulares. "Não é unificar o PSDB, mas unificar a opinião pública brasileira", disse.

"Se esse nome vier de São Paulo, ótimo, eu moro aqui. Mas se vier de outro estado, tudo bem." O ex-presidente disse que esse nome não precisa nem mesmo vir do PSDB. "Tem que ser alguém para falar à sociedade. Alguém com potencialidade, alguém que se mova. Quem fizer isso vai ter o meu apoio", disse ele, que lamentou neste momento a divisão no PSDB.

Democracia

Sem citar diretamente Bolsonaro, Fernando Henrique disse que a democracia tem regras. "É preciso respeito e responsabilidade." O tucano afirmou que a Constituição precisa ser cumprida, mas disse que a democracia está estabelecida no Brasil. "Mas é preciso coragem para defendê-la." O tucano disse que a sucessão é regrada pela Constituição. "E que a auto-regulação é necessária, incluindo para o presidente da República."

"No Ocidente as regras são aceitas, há um conjunto de normas. Não se ganha no grito. Em determinado momento vai para o Judiciário e a Justiça decide." Na última 6ª feira (20.ago), Bolsonaro enviou ao Senado um pedido de impeachment do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

"Eu não acho que as pessoas hoje que propõem algo diferente do que está na Constituição, tenham força para que as palavras se transformem em realidade", disse Fernando Henrique, que não acredita em eventuais riscos de autoritarismo, vindo de integrantes das Forças Armadas ou das polícias. 

"Cabe a responsabilidade de todos nós manifestar apoio à Constituição, as nossas convicções democráticas, porque senão as pessoas se sentem à vontade em mostrar seus impulsos." No debate, o ex-ministro do Supremo Ayres Brito, disse que a raiz dos atuais problemas do país está no desrespeito à Constituição. "E há um estilo de inadequação do atual presidente."

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