Especialistas alertam sobre proliferação da dengue em meio à pandemia
Chuvas e altas temperaturas favorecem o surgimento do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e microcefalia
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O verão, estação marcada por altas temperaturas e pelas frequentes pancadas de chuva, começou oficialmente nesta 2ª feira (21.dez). Além dos dias ensolarados, essa época do ano aciona o sinal de alerta para um dos maiores desafios da saúde pública no país: a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Em meio à pandemia de Covid-19, a circulação do mosquito preocupa as autoridades sanitárias.
No Brasil há mais de 100 anos, o Aedes aegypti chegou a ser erradicado em algumas regiões do país, mas nos últimos 30 anos vem se adaptando ao cenário de urbanização e do uso crescente de materiais de plástico. Segundo o professor de epidemiologia da Universidade de Brasília (UnB), Walter Ramalho, esse é o momento de discutir as medidas necessárias para diminuir os focos de criação e a propagação do inseto. "Se não fizermos esse trabalho e se a densidade do mosquito for elevada, não temos o que fazer", alertou.
Recentemente, o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde revelou que mais de 971 mil casos de contaminação por dengue foram registrados no país. Além disso, cerca de 528 pessoas morreram em decorrência da doença, que provoca febre alta (39º C a 40º C), erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Em casos mais graves, há hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando o paciente perde mais de 20% do sangue ou fluido corporal), que pode ser fatal.
As maiores incidências ocorreram no Nordeste (99,4 por 100 mil habitantes) e Sudeste (22,7 por 100 mil habitantes). Com relação aos casos de zika, foram contabilizados mais de 7 mil casos até o mês de novembro, com os maiores índices de ocorrências no Nordeste (9/100 mil) e Centro-Oeste (3,6/100 mil).
No mesmo período, as autoridades de saúde notificaram 78,8 mil casos de chikungunya, com 25 óbitos e 19 casos em investigação.
Cuidados em casa
No Brasil há mais de 100 anos, o Aedes aegypti chegou a ser erradicado em algumas regiões do país, mas nos últimos 30 anos vem se adaptando ao cenário de urbanização e do uso crescente de materiais de plástico. Segundo o professor de epidemiologia da Universidade de Brasília (UnB), Walter Ramalho, esse é o momento de discutir as medidas necessárias para diminuir os focos de criação e a propagação do inseto. "Se não fizermos esse trabalho e se a densidade do mosquito for elevada, não temos o que fazer", alertou.
Recentemente, o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde revelou que mais de 971 mil casos de contaminação por dengue foram registrados no país. Além disso, cerca de 528 pessoas morreram em decorrência da doença, que provoca febre alta (39º C a 40º C), erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Em casos mais graves, há hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando o paciente perde mais de 20% do sangue ou fluido corporal), que pode ser fatal.
As maiores incidências ocorreram no Nordeste (99,4 por 100 mil habitantes) e Sudeste (22,7 por 100 mil habitantes). Com relação aos casos de zika, foram contabilizados mais de 7 mil casos até o mês de novembro, com os maiores índices de ocorrências no Nordeste (9/100 mil) e Centro-Oeste (3,6/100 mil).
No mesmo período, as autoridades de saúde notificaram 78,8 mil casos de chikungunya, com 25 óbitos e 19 casos em investigação.
Cuidados em casa
O especialista reforça que as medidas de combate à disseminação da dengue não podem ser apenas tarefa do Poder Público. Para Ramalho, qualquer residência, terreno ou imóvel pode concentrar focos de criação do mosquito, o que dificulta o trabalho das equipes de fiscalização em todo país.
O Aedes aegypti se prolifera em locais com água parada, sendo assim, é imprescindível manter baldes, caixas d'água e piscinas sempre tampados. Além disso, recomenda-se deixar pneus ao abrigo da chuva e utilizar areia em vasos de flores e plantas.
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