Procon notifica Carrefour e pede explicação após novo caso de racismo
Empresa deverá explicar ao órgão quais medidas adotou após a morte de um homem negro asfixiado por seguranças
O Procon-SP pediu explicações ao Carrefour sobre a morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos asfixiado por seguranças do hipermercado. O caso aconteceu na semana passada, em Porto Alegre.
A resposta deverá ser apresentada em 72 horas a partir desta segunda-feira (23). A rede deve esclarecer quais "critérios usa para selecionar as empresas que prestam serviços de segurança, além dos métodos de treinamento".
O Carrefour ainda deverá explicar quais procedimentos administrativos foram adotados após o episódio.
Esta não é a primeira vez em que o mercado envolveu-se em situações de violência e discriminação. Em 2009, no estacionamento de uma loja em Osasco, um cliente foi agredido por funcionários acusado de roubar o próprio carro.
Já em 2018, em uma unidade de São Bernardo do Campo, outro homem sofreu violência física de representantes da empresa, ficando, inclusive, com sequelas. Nos dois episódios, as vítimas eram negras.