UE anuncia ajuda financeira para países com insegurança alimentar
Pacote de 600 milhões de euros será destinado para mecanismos de proteção social e agricultura
A Comissão Europeia anunciou, nesta 3ª feira (21.jun), um pacote de 600 milhões de euros para auxiliar os países que tiveram a crise de insegurança alimentar agravada devido à invasão russa na Ucrânia. Segundo informado, o fundo contemplará nações da África, Caribe e Pacífico, sendo destinado para assistência humanitária, produção sustentável de alimentos e apoio macroeconômico.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"A guerra de agressão da Rússia está tomando um pesado e sem sentido, não apenas sobre a população ucraniana, mas também para os mais vulneráveis em todo o mundo. A Rússia ainda está bloqueando milhões de toneladas de grãos desesperadamente necessários. Mobilizaremos mais 600 milhões de euros para evitar uma crise alimentar e um choque econômico", disse a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.
O dinheiro será retirado do Fundo Europeu de Desenvolvimento e engloba 150 milhões de euros para mecanismos de proteção social e redes de segurança existentes, 350 milhões para investimentos em produção sustentável e 100 milhões para o Fundo de Redução da Pobreza e Crescimento do Fundo Monetário Internacional, o que facilitará o apoio aos países afetados.
Para von der Leyen, também é importante que outras nações contribuam para a causa, uma vez que as exportações de cereais ucranianos foram interrompidas devido ao bloqueio dos portos pelo exército russo. Com isso, além da escassez, o preço dos alimentos vêm sofrendo um aumento significativo no mercado global, sendo o valor cobrado pelo trigo um dos mais afetados, com alta de 56,2% em um ano.
+ Ataques russos aumentam com aproximação de reunião da UE, diz Ucrânia
Na 2ª feira (20.jun), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que a crise alimentar global deve durar tanto quanto a guerra no país. Segundo ele, há um impasse nas negociações com Moscou para desbloquear os portos ucranianos no Mar Negro, o que está impactando populações sobretudo de nações africanas.