Primeiro-ministro do Reino Unido declara decepção com resultado final da COP26
Em discurso, Boris Johnson deu a entender que parte dos países ricos não tiveram interesse em se comprometer
Durante a realização de um balanço sobre a COP26 no último domingo (14.nov), o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, declarou decepção com o resultado final da cúpula climática de Glasgow.
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Ao lado do presidente da COP26, Alok Sharma, Johnson ressaltou que a conferência foi histórica por considerar a limitação do aquecimento global a 1,5°C, porém, demonstrou descontentamento quanto ao recuo do texto final referente ao carvão.
Entre os primeiros documentos rascunhados estava frisado a "eliminação progressiva do uso desenfreado" da fonte de energia em questão, essa uma das principais emissoras dos gases de efeito estufa. No texto final, a "eliminação" foi trocada por "redução", ou seja, o objetivo também acaba sendo alterado.
"Minha alegria com esse progresso está tingida pela decepção", comentou Boris Johnson em sua declaração, insinuando também que não foram todos os países interessados a se comprometer.
Em contrapartida, os países pobres queriam maior compromisso por parte dos ricos para a elaboração de um fundo voltado para a compensação de perdas e danos em decorrência do aquecimento global.
Ainda de acordo com ambientalistas, as medidas adotadas por países ricos não serão suficientes para a limitação do aquecimento global ainda neste século.
Para além deste cenário, há também o fato da COP26 não ter chegado em um acordo quanto a implantação do fundo de US$ 100 bilhões anuais para financiamento do combate à crise climática nos países em desenvolvimento. O instrumento estava previsto para vigorar em 2020, mas até o momento não saiu do papel.