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Obras danificadas durante ataque serão exibidas em ato no Congresso para marcar primeiro ano do 8/1

Ato "Democracia Inabalada" será realizado no Salão Negro

Obras danificadas durante ataque serão exibidas em ato no Congresso para marcar primeiro ano do 8/1
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Em Brasília, já está quase tudo pronto para o ato em defesa da democracia na próxima segunda-feira (8.jan). A data que marca um ano dos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes vai ser lembrada em um evento com a presença de autoridades.

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O painel vermelho em madeira, obra do artista plástico Athos Bulcão, segue exposto e imponente no Salão Nobre do Senado Federal. Mas, olhando de perto, a peça ainda guarda as marcas do vandalismo

Em 8 de janeiro de 2023, a fúria dos inconformados com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resultou na destruição de estruturas públicas, no desprezo por peças históricas e em centenas de obras de arte danificadas.

A maior parte dos estragos foi reparada logo nas primeiras semanas do ano. Mas, diversas obras e objetos como o painel vermelho ainda aguardam a restauração.

"Primeiro, nós temos o valor cultural em si, o valor estético e o valor político, democrático dessas obras de arte. E recuperá-las, além de um gesto de cuidado e apreço pela cultura, pelas obras de arte, é também uma resposta no sentido de valorizar o que elas representam, sua simbologia democrática quanto à identidade do país enquanto uma república e uma democracia", fala o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass.

As obras, que fazem do patrimônio histórico e cultural do país, serão exibidas no ato "Democracia Inabalada", que será realizado no Salão Negro do Congresso Nacional. Uma tapeçaria do artista Roberto Burle Marx, que foi rasgada durante as invasões, está restaurada e será devolvida à população de forma simbólica no evento.

"Eu me emociono com cada peça que a gente restaura aqui. Quando chega ela de volta, você fala assim 'gente, é sobrevivente'. Ela ressurgiu. É uma ressurreição da peça que a gente achava que já estava morta", diz a coordenadora do Museu do Senado, Maria Cristina Monteiro.

A réplica da Constituição Federal, que ficava exposta no Supremo Tribunal Federal (STF) e foi furtada no dia dos ataques, também será entregue durante a cerimônia.

Além da presença dos presidentes dos Três Poderes, participarão a ex-presidente do Supremo e ministra aposentada Rosa Weber, o ministro Alexandre de Moraes, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) -- como representante dos estados -- e Aline Sousa, catadora de recicláveis que entregou a faixa presidencial a Lula, representando a sociedade.

Para garantir a segurança do evento, parte da Esplanada dos Ministérios será fechada. Dois mil policiais militares estarão nas ruas e 250 agentes da Força Nacional ficarão de prontidão.

Segunda-feira também serão inauguradas exposições com fotografias e destroços da data na Câmara dos Deputados e no Supremo Tribunal Federal. Um esforço coletivo para que o mais grave e recente ataque à democracia brasileira não seja diminuído ou esquecido.

"É uma pergunta que temos que fazer: como chegamos a esse ponto. Outra pergunta: o que devemos fazer pra não permitir que tal coisa não se repita", fala o ministro Gilmar Mendes, do STF.

Ele ressalta que o STF, o Congresso e o Palácio do Planalto foi invadido. "A gente não merecia isso. É preciso que a gente todo dia diga que repudia esses atos".

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