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O que Biden e Trump desejam com debates antecipados

Pela primeira vez na história americana, os candidatos à presidência acertam debates diretamente, sem as datas pré-definidas pelo comitê bipartidário

O que Biden e Trump desejam com debates antecipados

15/05/2024 às 16:59

Washington DC — Nas manchetes dos jornais e nos bastidores, a quarta-feira (15) em Washington começou quente com o vídeo da campanha democrata divulgado logo cedo com destaque para uma provocação no final. Joe Biden diz:

"Ouvi dizer que você tem as quartas-feiras livres".

Uma referência ao dia de recesso das audiências do processo criminal enfrentado por Donald Trump na cidade de Nova York. Por lá, a presença do republicano é obrigatória até que o veredito seja dado em algumas semanas.

Sobre o vídeo da campanha Biden-Harris, ele é parte de um chamado oficial para que os debates entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos aconteçam antes do previsto.

As datas já acertadas pelo Comitê Bipartidário são: 16 de setembro em San Marcos (Texas), 1º de outubro em Petersburg (Virginia) e um último no dia 9 de outubro em Salt Lake City (Utah).

Todos com plateia. Biden deseja algo diferente. Na carta assinada pela presidente da campanha democrata, o partido informa que Biden não vai aos debates gerais agendados pelo comitê.

De forma inédita, sugere que isso seja definido diretamente entre Biden e Trump e sugere novas datas: o primeiro em junho e o segundo no começo de setembro.

Joe Biden quer que ele e seu rival debatam mais cedo com foco no eleitor que vai votar antecipadamente -- de forma presencial ou pelos correios.

A campanha democrata também não quer público no cenário. Trump acenou positivamente para as sugestões das novas datas mas acredita que o eleitor deve estar presente nos eventos que serão transmitidos pela tevê americana.

Pesquisas de opinião de voto mostram, desde o começo do ano, Biden e Trump empatados tecnicamente no país mas um levantamento feito pelo The New York Times e o Siena College esta semana indicou o republicano à frente em cinco estados considerados chave: Pensilvânia, Arizona, Michigan, Georgia e Nevada.

Os dados ainda mostraram que Biden teve uma queda na intenção de voto entre os mais jovens e os eleitores negros e latinos.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean Pierre, foi questionada sobre as pesquisas durante a coletiva de imprensa da última segunda-feira (13) e demonstrou interesse em responder à pergunta de forma detalhada.

Disse entender o incômodo dos jovens americanos em relação ao que acontece em Gaza -- Biden tem sido criticado por não ter cortado totalmente o envio de armas a Israel --, mas pontuou que o jovem democrata acredita no presidente assim como a população de ascendência latina.

A seis meses das eleições, marcadas para novembro, Biden e Trump partem para o tudo ou nada.

Querem debater mais cedo e o tom demonstrado nos vídeos e publicações de ambas campanhas mostram que nessa disputa, não medirão esforços ou palavras.

O Briefing Room na Casa Branca | Patricia Vasconcellos/SBT News
O Briefing Room na Casa Branca | Patricia Vasconcellos/SBT News

Apoio americano às vítimas das enchentes no sul do Brasil

Em resposta ao SBT, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional confirmou na segunda-feira (13) que o governo americano destinou US$ 100 mil para ajuda humanitária às vítimas das enchentes no sul do Brasil.

Outros US$ 20 mil foram enviados por meio de programas regionais existentes para compra de kits de higiene e limpeza.

Os valores são considerados baixos em relação à ajuda financeira que Washington dá a outros países em situações de guerra, por exemplo, mas podem ser também interpretados como um reconhecimento ao trabalho que Brasília desenvolve desde que a tragédia climática aconteceu no Rio Grande do Sul.

No texto do porta-voz americano, é dito que "o governo do Brasil está liderando uma resposta muito robusta, mobilizando cerca de 15 mil equipes de emergência e aeronaves, barcos e veículos rodoviários" e que o governo dos Estados Unidos apoia esses esforços.

Antony Blinken músico em Kiev

Não foi a primeira vez que o Secretário de Estado americano demonstrou sua habilidade musical em público enquanto ocupa o mais alto posto da diplomacia americana.

Em Kiev, na última terça-feira (14), Antony Blinken foi ao Barman Dictat, onde uma banda de punk-jazz se apresentava. Guitarrista de longa data, Blinken se juntou aos músicos e tocou "Rockin' in the Free World" (rockeando em um mundo livre), que Neil Young compôs em 1989.

A letra remete a um momento em que o mundo testemunhava mudanças profundas: a queda do muro de Berlim e a vitória americana quando a União Soviética começou a colapsar.

Uma mensagem que o Secretário de Estado ligou à atual situação da Ucrânia, invadida por Vladimir Putin.

É importante lembrar que Neil Young é originalmente canadense. Sua canção fala sobre liberdade e também aborda de forma crítica como muitos americanos, sob a administração Bush, viviam naquele tempo.

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